Só a nacionalização colocará a EDP<br>ao serviço do País

CÉLULAS O PCP acusa a EDP de au­mentar con­si­de­ra­vel­mente os lu­cros dos seus ac­ci­o­nistas à custa da in­ten­si­fi­cação da ex­plo­ração dos tra­ba­lha­dores e da so­bre­ta­xação dos utentes.

A pri­va­ti­zação da EDP em­po­breceu o País

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Num fo­lheto que es­teve em dis­tri­buição em todo o País no dia 1 de Março, da res­pon­sa­bi­li­dade da sua cé­lula na EDP, o PCP re­sume a re­ceita da em­presa: «muitos mi­lhões para uns poucos à custa dos tra­ba­lha­dores e utentes.» Para o Par­tido, os mi­lhões de euros de lu­cros re­gis­tados em 2016 «são fruto da so­bre­ta­xação aos utentes e da ex­plo­ração dos que tra­ba­lham para a EDP e vêem os seus es­forços ab­sor­vidos pela gula ca­pi­ta­lista».

Fa­zendo um pouco da his­tória re­cente da EDP, a cé­lula do Par­tido lembra a «mi­se­rável pro­posta de ac­tu­a­li­zação sa­la­rial feita pela em­presa: 0,2 por cento». Con­cre­ti­zando, os co­mu­nistas re­alçam que se os 11 mil tra­ba­lha­dores do grupo fossem au­men­tados em mil euros anuais isso re­pre­sen­taria apenas, para os ac­ci­o­nistas, uma re­dução dos lu­cros da ordem dos 20 mi­lhões, o que em 2015 teria sig­ni­fi­cado 1227 mi­lhões de euros de lu­cros (em vez dos 1247 efec­ti­va­mente re­gis­tados). Mas como é evi­dente, «se de­pender dos ca­pi­ta­listas, mais vale 20 mi­lhões no seu bolso do que mil euros no bolso de cada tra­ba­lhador».

O PCP re­vela ainda, no fo­lheto, o des­tino dos 676,5 mi­lhões de euros dis­tri­buídos na EDP, a cada ano, em di­vi­dendos: os ca­pi­ta­listas por­tu­gueses, es­pa­nhóis e de ou­tros países eu­ro­peus ficam, res­pec­ti­va­mente, com 12, 8 e 39 por cento deste valor; para os EUA rumam 13 por cento e para a China 25 por cento.

In­verter o ca­minho

A cé­lula do PCP re­jeita ainda a prá­tica cor­rente da em­presa de atri­buir pré­mios aos tra­ba­lha­dores de forma dis­cri­ci­o­nária, re­al­çando que estes cons­ti­tuem sempre «mi­ga­lhas quando com­pa­rado com o ta­manho do bolo re­ser­vado aos ca­pi­ta­listas». Para os co­mu­nistas, é no au­mento do sa­lário e na va­lo­ri­zação do Acordo Co­le­tivo de Tra­balho, através da sua efec­tiva im­ple­men­tação, que deve as­sentar a re­tri­buição do tra­balho pres­tado.

O Par­tido re­clama ainda o alar­ga­mento do acordo a todos os que tra­ba­lham para a EDP, in­de­pen­den­te­mente da na­tu­reza do vín­culo ac­tual com a em­presa. Ac­tu­al­mente, ga­rante-se no fo­lheto, são muitos os que «não têm um vín­culo la­boral com a em­presa mas que nela tra­ba­lham efec­ti­va­mente»; trata-se, pois, de um es­quema de con­tra­tação e sub­con­tra­tação para «fle­xi­bi­lizar a força de tra­balho e apro­fundar a ex­plo­ração».

Para im­pedir que a maior parte ri­queza criada pela ope­ração da em­presa seja en­viada para o es­tran­geiro e que o res­tante seja apro­priado, no es­sen­cial, por «meia dúzia de ca­pi­ta­listas por­tu­gueses», o PCP propõe a na­ci­o­na­li­zação da EDP, con­dição es­sen­cial para «re­verter este ca­minho de perda de so­be­rania» e a co­locar ao ser­viço dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo.

 



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